BARRA NO MEIO

"Loucura é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar que seja diferente!"

Terapia -Porque fazer?

Terapia -Porque fazer?

Psicoterapia: Animação mostra a relação Psicologo e Paciente

Coragem de mudar


                                                                       Mudar


Mudar é difícil, porque resistimos em abrir mão do conhecido . Tememos sair da "zona de conforto". As mudanças são desconfortáveis, trazem insegurança e ansiedade.

Quando a gente muda, todos ao nosso redor forçosamente terão que mudar. É como um jogo de dominó , cai uma peça e todas as outras caem em seguida.

A neurose nada mais é, do que a repetição constante de comportamentos negativos ou destrutivos.É como um carrossel!  a vida gira e permanece sempre a mesma . Para mudar, é necessário um grande desejo, e muita força de vontade para fazer alterações significativas na vida.

Depois que se consegue mudar, é que se percebe o quanto simples e fácil era a solução.Quem venceu as dificuldades de mudar sabe disso.


Rejane P.  Ramos


                                                                          Faxina  interior


Seria um dia como todos os outros, mas foi meu dia de arrumar a casa. Pó e teias de aranha subjugavam todos os meus cantos. Tralhas inúteis acumuladas a perder de vista, engolindo as portas com voracidade, a obstruir implacáveis minhas já débeis ousadias de enxergar que sim, que havia mundo além de mim... um colorido indefinível e carcomido era o triste estado das minhas paredes; ocupando por inteiro a solidão dos meus cômodos, o ar pesado, quente e sufocante que há tanto tempo alimentava meus pulmões. Mas era meu dia de arrumar a casa. E meu peito se encheu de uma compaixão arrependida, ao ver que ainda havia beleza jazendo sob os destroços do que um dia fora segurança e aconchego. E eu, outrora tão alheia e negligente, não mais conseguia sequer cogitar a idéia de abandoná-la, e percebi, em meio àquela desordem completa e descabida, que era chegado o momento de enfrentar o caos.

Penosa me foi a tarefa de recolher cacos e bugigangas, amontoados que estavam por todos os lados. Esvaziei os armários não sem dificuldade; me desfiz de meu velho e pesado baú de memórias, repleto de mágoas, insensatezes, rancores, frustrações – alguns tão antigos que nem me recordava ainda estarem ali. Feri-me, é verdade, fiz calos nas mãos; contudo, a despeito do corpo alquebrado, sorvi a certeza de me saber mais leve. Vasculhei todos os cantos em busca de pó e teias de aranha, e vi os raios de sol entrarem tímidos, porém festivos e resolutos, através das frestas diminutas que se revelavam diante da claridade tão desejada e enfim presente.


E restaurei minhas paredes rotas, gastas, e as vi ressurgirem vibrantes, imponentes, refletidas com todos os tons que se irradiavam de minhas cores nascentes. E, em um arroubo, abri todas as portas e janelas, e respirei profundamente a pureza do ar que havia banido de mim, e que agora me invadia com a benevolência lépida e impetuosa de uma correnteza. Arranquei sem piedade as ervas daninhas que se haviam multiplicado junto aos meus muros. E até esses fiz virem abaixo – pois para coisa alguma jamais serviram tais muros, afinal. Replantei meu jardim em um pedaço de terra que, de tão esquecido, virara terreno baldio – mas que, embora olvidado, recebeu minhas sementes e as germinou com amor de ventre materno. E me aninhei naquela terra, e a senti cálida e amorosa, e vi como era bonito o nascer dos girassóis... e chorei todas as lágrimas felizes e serenas que havia guardado sem saber para quê, e vi essas gotas de mim serem chuva fecunda para o novo universo que despontava diante dos meus olhos.

E embebida de um cansaço feliz repousei placidamente o corpo sobre aquele chão tão deliciosamente meu, e me deixei ficar a apreciar minha obra, e me permiti ser parte de tudo o que havia brotado da labuta de minha alma. Pois fora meu dia de arrumar a casa. E, enfim, era doce e reconfortante me sentir habitável.
Por Flávia Brito



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       Mudar é um ato de coragem 

(Adaptação de um poema de Antônio Ferreira de Andrade)

"Mudar é um ato de coragem. É a aceitação plena e consciente do desafio. É trabalho árduo para hoje, É trabalho duro para agora E os frutos só virão amanhã, Quem sabe, tão distante... Mas quando temos certeza de estarmos Num rumo certo, a caminhada é tranquila. E quando temos fé e firmeza de propósitos, É fácil suportar as dificuldades do dia-a-dia. A caminhada é longa. Muitos ficarão à margem Outros vão retirar-se da estrada. É assim mesmo, contudo, os que ficarem, Chegarão, disso eu tenho certeza. ******** Ato de coragem! (Beatriz Kappke) Mudar é um ato de coragem Muitos ficarão à margem. Longa é a caminhada Curta porém pode ser a vida Ao chegar à encruzilhada Preciso estar decidida! Aceitação plena do desafio Firmeza e fé nos propósitos Ir além dos limites perfeitos Sair do pensamento irrefletido Abandonar padrões cristalizados Se necessário, quebrar a tradição Renunciar à mesmice Fugir do ostracismo... Livrar-me da couraça Abrir as fechaduras Ousar, inovar, refletir, analisar... Buscar aventuras, Viver mistérios , Para então, algo essencial descobrir: O sentido verdadeiro do amor e da bondade E com os outros repartir ! Chegar ao paraíso Ao céu de estonteante claridade Sentir que Fernão Capelo Gaivota Está dentro do meu ser E assim entender finalmente, Que é preciso MUDAR para CRESCER! Poema dedicado ao verdadeiro “Fernão Capelo Gaivota” que habita dentro de cada um de nós! ******* Só vence quem luta! Tenha em mente que sucesso sem luta é impossível. Sucesso é conseqüência de esforço, dedicação, planejamento. Os milagres existem, mas são construídos. As mágicas são simplesmente ilusões. Não existe magia na escalada do sucesso. Muitas vezes, a base do sucesso é o trabalho de bastidores. A luta não é decidida no tatame, mas na sua maneira de ir ao combate. Quando você se levanta da cama para ir ao tatame, já decidiu o resultado da luta. Ter método é fundamental para chegar ao topo da montanha! Se você quiser extrair água de um poço, não pode furar um buraco a cada dia. Precisa avançar em um único poço até atingir o ponto onde está a água. E desprendimento é a capacidade de abandonar o que não está funcionando para aprender o novo. É desapegar-se de certa maneira de fazer algo para conseguir um resultado melhor. O futuro é uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos. O melhor momento para ser feliz é agora!


 E p i t á f i o


    



As pessoas mudam  .


"Veja: o mais importante e bonito, do mundo, é isto:  que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas; mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. É o que a vida me ensinou." * Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas *Não se espante com a mudança nas pessoas,você mesmo tem dias de "noite" e dias de "dia", momentos em que a alegria te contagia,e outros em que a tristeza te pega fundo.

Por isso, não queira entender o próximo,busque antes, amar sem restrições,sem cobranças ou imagens formadas.

Relacionamentos se dissolvem assim,com a imagem que um forma do outro sem respeitar as mudanças,sem se importar com os desejos próprios da alma que é única, individual,,e cheia de sonhos para realizar.Ainda hoje, reflita sobre as suas próprias mudanças,das necessidades ainda não satisfeitas,dos sonhos desfeitos e dos desejos incontidos,deixe escorrer pelo ralo da hipocrisia,a falsa idéia de que somos certinhos,de que somos sempre os mesmos.

Nós estamos em constante evolução,somos hoje o fruto colhido do dia de ontem e seremos amanhã,a semente madura do que plantarmos ainda hoje.

Paulo Roberto Gaefke





 http://cultvox.locaweb.com.br/files/00122.jpg


Sobre o livro : Coragem de mudar.
Autor Marylin Gustin



Trecho do livro: Coragem de mudar


INTRODUÇÃO

Nos últimos dez anos, muita coisa foi dita e escrita sobre o poder que as mulheres têm de criar suas próprias vidas. Quando perguntei a um grande número de mulheres como tentavam fazer isso, elas me falaram sobre a capacidade fundamental que descobriram nelas mesmas: a capacidade de fazer suas próprias escolhas.

Pedi exemplos. Sem exceção, falaram das escolhas sobre circunstâncias externas. Nenhuma mencionou espontaneamente seu poder de escolher a respeito de si mesmas, de determinar suas próprias experiências interiores.

Ainda assim, o poder de escolha sobre nossa vida mental, emocional e espiritual é a maior capacidade que temos. Muito embora raramente ouvimos sobre esse poder, e talvez o tenhamos experimentado ainda menos, podemos escolher a qualidade de nossas experiências interiores.
Essa escolha mudará todo o resto.

Há um princípio universal envolvido aqui. É, na verdade, uma compreensão espiritual básica, quase sempre perdida por muitas mulheres comuns no mundo de hoje.

Esta lei essencial é: o interior determina o exterior.

Essa lei significa que o que nós somos por dentro determina o que acontece em nosso mundo exterior — nossos lares, nossa criatividade, nossas profissões, amizades, igrejas e comunidades.

Enquanto continuarmos a nos concentrar nas situações externas de nossas vidas, a qualidade de nossas experiências continuará sempre a mesma. Se quisermos que nossas vidas tenham uma qualidade nova e mais bonita (e quem não quer?), podemos ir em busca disso fazendo novas
escolhas com relação a nossas emoções, a nossas atitudes e a nossos pensamentos habituais.

Nesta arena, somos muito mais poderosas do que pensamos. As experiências podem ensinar-nos como somos poderosas — e então estaremos prestes a ter uma experiência nova e marcante em nossa vida.

Podemos continuar na mesma casa, com a mesma família, na mesma igreja, na mesma cidade e no mesmo emprego.

Quando a qualidade de nossas experiências interiores ficar diferente, a qualidade de nossas experiências exteriores também mudará. Não existe “talvez” com relação a isso. É tão universal quanto a lei da gravidade.

Mas por que não ficamos sabendo disso antes? Bem, muitas já sabiam. Porém, isso não é popularizado com freqüência porque depende de uma disposição fundamental:
a de assumir a responsabilidade pela qualidade de sua própria experiência.

Responsabilidade não significa culpa.

De jeito nenhum. Significa a capacidade de reagir. Olhando para as escolhas e mudanças interiores, percebemos uma capacidade, freqüentemente ignorada, de escolher nossas reações a tudo e a todos. Se fizermos isso, e se continuarmos a fazer escolhas conscientes sobre quais qualidades queremos ter, podemos alterar totalmente a qualidade de nossa vida.

Muitas mulheres ainda têm a sensação de que estão limitadas por forças que fogem ao seu controle. Seus maridos, seus filhos, problemas financeiros, as regras da sociedade ou da religião — todos os tipos de experiências das mulheres comuns levam a um sentimento de impotência.

Quando vivemos em função desse sentimento, nunca estamos realizadas e felizes; e também
temos tendência a culpar tudo e todos, exceto nós mesmas, por nossa condição.

Ensinaram a muitas de nós um tipo distorcido de religião que sugere que as mulheres devam deixar que suas famílias, maridos e comunidades determinem a natureza de suas vidas. Isso é chamado auto-sacrifício, e é fatal para o espírito humano.

Sacrifício significa “tornar sagrado”.

Não quer dizer jogar fora os poderes que Deus nos deu. Não significa satisfazer todas as necessidades de todas as pessoas que nos cercam. Não significa que Deus espera que nos tornemos capachos — pessoas ótimas, mas ainda assim capachos.

Sacrificar-se quer dizer transformarmonos em pessoas sagradas, oferecendo-nos a Deus no amor e na liberdade. Seremos incapazes de fazer isso (para não dizer que não queremos) se não descobrirmos que temos algo verdadeiro, valioso e forte para oferecer a Deus. Um componente essencial nesta descoberta é o reconhecimento de nossa capacidade humana de escolher nossas próprias atitudes e valores, e deixar que nossas escolhas se transformem em ações.

Este é o propósito deste livro. Por mais de uma década, tenho vivido e observado o poder de escolha sobre nossas condições interiores, de maneira um tanto deliberada.

E tenho aprendido. Este livro relata meu aprendizado.

Desejo dar um aviso a cada leitora. As sugestões deste livro não são essencialmente direcionadas a pessoas com grandes traumas anteriores. Milhares de mulheres comuns trazem consigo vários problemas e desafios, mas se dão muito bem na vida cotidiana. Muitas, muitas mesmo, ainda se sentem limitadas e incapazes, embora sem grandes traumas. Algumas podem se perguntar por que estão sempre vagamente infelizes, já que suas vidas realmente “não
são tão ruins”.

Se você teve um grande trauma, pode não estar pronta para estas sugestões. Pode precisar de alguma ajuda profissional. Se for esse o caso, tente resolver! Então, poderá seguir sua própria vida.

Se você é uma mulher que só quer que sua qualidade de vida melhore, sem ter de fazer uma grande revolução em sua casa, no relacionamento com a sua família ou em outros aspectos, então este livro é para você. Sua mensagem é simples de se transmitir, muito embora a experiência não possa ser adquirida da noite para o dia.

A mensagem é esta: Você não é incapaz., Você é uma pessoa de grande poder. Seu poder pessoal é sua capacidade de escolher suas próprias qualidades interiores.

Eu garanto, é uma viagem fascinante esta jornada através mundo interior pelo qual você é responsável. Eu a convido, insisto, para aproveitar a oportunidade.

Este livro é um começo — se você realmente captar o que é transmitido aqui. Tem funcionado comigo e com milhares que testaram estes princípios sozinhas.

Funcionará com você.




Link para acesso ao livro:

Temas no arquivo.

Terapia não é luxo .
Por Soninha Francine
Foram duas conversas parecidas na mesma semana. A primeira, com uma moça no prédio onde moro. Sente dor nas costas há meses, em parte por estar muito acima do peso. Admitiu que come demais por ansiedade. Os médicos receitaram analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, acupuntura. E terapia. “Ah, na terapia eu não vou! Fazer o que lá?” “Cuidar de você, oras. Com dor de dente, você vai ao dentista. Com sinusite, ao otorrino. A terapia ajuda a cuidar da angústia, ansiedade, insegurança.” Ela decidiu ir à consulta.No outro dia, no gabinete, o estagiário perguntou para uma assessora: “Por que você faz terapia?” Brincando, ela respondeu: “Porque eu sou louca”. Dali a dez minutos, ele perguntou, sério: “Você é louca mesmo?” A moça riu, ele ficou confuso. Contribuí com a discussão: “Ah, eu faço terapia. Eu também sou louca”. Rimos os três.As pessoas entendem “loucura” como algo divertido. Dizem que fulano “é louco” porque é esquentado, coleciona tampas de garrafa, não perde jogo de futebol nem no dia do seu casamento ou porque é muito engraçado. E o que entendem por terapia? Um tratamento para “loucos”. Já que “loucura” pode ser algo trivial, terapia vira sinônimo de luxo ou frescura. Ou é algo que se aplica aos loucos “de verdade” – nesse caso, terapia é para os casos graves, “não para minhas tristezas e aflições”.Eu passei por vários momentos de desespero na vida, mas, só no ano passado, senti que precisava de uma mão para desatar meus nós. Fiquei abismada de ver como alguém pode revelar tanto a meu respeito a partir de informações que eu mesma forneci – isto é, coisas que, em tese, eu já sabia!Não deveria ser tão espantoso. Muita coisa a nosso respeito só nos é revelada quando vemos nossa própria imagem no espelho. E a terapia ajuda a enxergar o que era impossível descortinar sozinha: os motivos mais profundos para a irritação e a tristeza, os padrões estabelecidos, as nossas reações “viciadas”.Nunca tive problemas para falar de minhas fraquezas. Sempre achei importante, por exemplo, falar de depressão. Quando tive a primeira, saber de pessoas que tinham superado uma me ajudou muito.Mesmo assim, fiquei encabulada em assumir que estava fazendo terapia. Minha agenda é acessada por várias pessoas e não tive coragem de escrever o que faria toda quinta de manhã. Anotei apenas “consulta médica”. Que boboca...Agora perdi a vergonha. Terapia não é “luxo” nem eu sou louca “de verdade”. Tenho minhas loucuras como quase todo mundo. Mas não preciso sucumbir aos desgostos da vida mais do que eles merecem. É certo ficar triste com algumas coisas. Não é certo não ser feliz nunca. Para dor de dente, dentista. Para dor da mente, terapia.
Postado por Coluna Diversidade - Nova Gazeta

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