A cada três horas, uma pessoa é afastada do trabalho para tratar a
dependência química no País, revela relatório do Ministério da
Previdência Social. Apenas em janeiro deste ano, foram concedidas 2.506
licenças, por mais de 15 dias, para viciados em álcool, maconha,
cocaína, anfetamina. Enquanto no ano passado os peritos do Instituto
Nacional do Seguro Social (INSS) concederam 31.721 afastamentos para
funcionários dependentes, em 2007 foram 27.517 licenças, o que indica
um aumento de 15%.
O número reflete apenas uma das faces da influência das drogas no
mercado de trabalho, já que expressa o problema só entre os que têm
carteira assinada no Brasil. Os dados mostram ainda que a dependência
está em alta entre empreendedores, médicos, advogados, economistas,
lixeiros, professores, funcionários públicos, todos do grupo cada vez
mais amplificado nas estatísticas de transtornos de saúde desencadeados
pelo uso de entorpecentes.
“O aumento nos números é multifatorial”, avalia o médico Jarbas
Simas, presidente da Sociedade Paulista de Perícias Médicas. “De uma
maneira geral, a crise pela qual passa a sociedade, a econômica
inclusive, está levando o ser humano a procurar rotas de fuga e isso
reflete em maiores índices da dependência química. Por outro lado, os
métodos de diagnósticos, o controle das empresas com relação aos
funcionários dependentes e a conscientização de que o assunto deve ser
tratado como doença, também foi ampliado, o que influencia no aumento”,
afirma Simas.
Fonte: http://nilnews.wordpress.com/
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