BARRA NO MEIO

"Loucura é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar que seja diferente!"

Terapia -Porque fazer?

Terapia -Porque fazer?

Psicoterapia: Animação mostra a relação Psicologo e Paciente

Cleptomania.




Cleptomania (roubo patológico)



 
  É um transtorno caracterizado pela impossibilidade repetida de resistir aos impulsos de roubar objetos. Os objetos não são roubados por sua utilidade imediata ou seu valor monetário; o sujeito pode, ao contrário, querer descartá-los, dá-los ou acumulá-los. Este comportamento se acompanha habitualmente de um estado de tensão crescente antes do ato e de um sentimento de satisfação durante e imediatamente após sua realização. O roubo não é cometido para expressar raiva ou vingança e não é uma resposta ao delírio ou a alucinação.Este termo foi criado há mais de dois séculos para descrever o impulso de roubar objetos desnecessários ou de pequeno valor. Esquirol notou, em 1838, que o indivíduo frequentemente se esforça para evitar este comportamento, mas por sua natureza, isto é irresistível. Ele escreveu: "o controle voluntário é profundamente comprometido: o paciente é constrangido a executar atos que não são ditados nem por sua razão, nem por suas emoções. - atos que sua conciência desaprova, mas que ele não tem intenção.
Os indivíduos afetados frequentemente têm outros distúrbios mentais, tais como distúrbio bipolar, anorexia nervosa, bulimia nervosa, ou distúrbio da ansiedade. Adultos com cleptomania roubam porque isto oferece alívio ou conforto emocional. Poucas pessoas procuram tratamento até que são pegas roubando.
Qual a incidência de cleptomania na população geral?
Presume-se que a cleptomania seja um distúrbio raro, embora poucos estudos tenham sido feitos sobre sua prevalência na população em geral. Estudos feitos com ladrões de lojas sugerem que somente uma pequena parcela (de 1 a 8%) representam casos verdadeiros de cleptomania.
Na verdade, o roubo de lojas é extremante comum, de acordo com um estudo. Um pesquisador relatou que dos 263 clientes visitando lojas randomicamente, 27 (10%) foram observados roubando.  Um estimou que correm aproximadamente 140 milhões de roubos por ano, mas que somente 4 milhões são pegos. Além disso, a incidência de roubos em lojas está aumentando.
Como distingüir um ladrão comum de um cleptomaníaco?
Não existem estudos controlados da psicopatologia da cleptomania, mas numerosos relatos de casos descrevem uma ampla extensão de sintomas psiquiátricos e distúrbios com aparente cleptomania. Os sintomas mais comuns associados parecem estar relacionados ao distúrbio do humor. A maioria dos estudos de "ladrões anormais" (pessoas que foram apreendidas roubando e encaminhadas para avaliação psiquiátrica) têm descrito taxas elevadas de sintomas depressivos e depressão em seus sujeitos. Dos 57 pacientes cleptomaníacos descritos na literatura, 57% mostraram sintomas afetivos e 36% provavelmente encontrariam um critério diagnóstico para depressão ou distúrbio bipolar.
Alguns pacientes com cleptomania e distúrbio comórbido do humor têm descrito uma relação entre seus sintomas afetivos e cleptomaníacos, declarando que seus impulsos de roubar ocorrem quando eles estão deprimidos.
É possivel tratar um cleptomaníaco?
Não existem estudos controlados de tratamentos somáticos ou psicológicos em cleptomania. Relatos de casos individuais, entretanto, sugerem que várias formas de terapia comportamental podem ser efetivas em alguns pacientes. Existem também relatos isolados do sucesso do uso de psicoterapia psicanalítica, mas existem também muitos relatos negativos.
Outros relatos de caso sugerem que medicamentos antidepressivos ou com propriedades estabilizadoras do humor podem ser efetivos na cleptomania.



Por : Silvia Helena Cardoso, 

Silvia Helena Cardoso, PhD






Temas no arquivo.

Terapia não é luxo .
Por Soninha Francine
Foram duas conversas parecidas na mesma semana. A primeira, com uma moça no prédio onde moro. Sente dor nas costas há meses, em parte por estar muito acima do peso. Admitiu que come demais por ansiedade. Os médicos receitaram analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, acupuntura. E terapia. “Ah, na terapia eu não vou! Fazer o que lá?” “Cuidar de você, oras. Com dor de dente, você vai ao dentista. Com sinusite, ao otorrino. A terapia ajuda a cuidar da angústia, ansiedade, insegurança.” Ela decidiu ir à consulta.No outro dia, no gabinete, o estagiário perguntou para uma assessora: “Por que você faz terapia?” Brincando, ela respondeu: “Porque eu sou louca”. Dali a dez minutos, ele perguntou, sério: “Você é louca mesmo?” A moça riu, ele ficou confuso. Contribuí com a discussão: “Ah, eu faço terapia. Eu também sou louca”. Rimos os três.As pessoas entendem “loucura” como algo divertido. Dizem que fulano “é louco” porque é esquentado, coleciona tampas de garrafa, não perde jogo de futebol nem no dia do seu casamento ou porque é muito engraçado. E o que entendem por terapia? Um tratamento para “loucos”. Já que “loucura” pode ser algo trivial, terapia vira sinônimo de luxo ou frescura. Ou é algo que se aplica aos loucos “de verdade” – nesse caso, terapia é para os casos graves, “não para minhas tristezas e aflições”.Eu passei por vários momentos de desespero na vida, mas, só no ano passado, senti que precisava de uma mão para desatar meus nós. Fiquei abismada de ver como alguém pode revelar tanto a meu respeito a partir de informações que eu mesma forneci – isto é, coisas que, em tese, eu já sabia!Não deveria ser tão espantoso. Muita coisa a nosso respeito só nos é revelada quando vemos nossa própria imagem no espelho. E a terapia ajuda a enxergar o que era impossível descortinar sozinha: os motivos mais profundos para a irritação e a tristeza, os padrões estabelecidos, as nossas reações “viciadas”.Nunca tive problemas para falar de minhas fraquezas. Sempre achei importante, por exemplo, falar de depressão. Quando tive a primeira, saber de pessoas que tinham superado uma me ajudou muito.Mesmo assim, fiquei encabulada em assumir que estava fazendo terapia. Minha agenda é acessada por várias pessoas e não tive coragem de escrever o que faria toda quinta de manhã. Anotei apenas “consulta médica”. Que boboca...Agora perdi a vergonha. Terapia não é “luxo” nem eu sou louca “de verdade”. Tenho minhas loucuras como quase todo mundo. Mas não preciso sucumbir aos desgostos da vida mais do que eles merecem. É certo ficar triste com algumas coisas. Não é certo não ser feliz nunca. Para dor de dente, dentista. Para dor da mente, terapia.
Postado por Coluna Diversidade - Nova Gazeta

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