BARRA NO MEIO

"Loucura é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar que seja diferente!"

Terapia -Porque fazer?

Terapia -Porque fazer?

Psicoterapia: Animação mostra a relação Psicologo e Paciente

A raiva e a sua força













"Que bom que você está sentindo raiva. Use-a seu favor!".


Por : Marcus Facciollo



Muitas vezes ouvi, em sessões de análise, meu psicanalista me dizer:"Que bom que você está sentindo raiva! Use-a seu favor!". Sim, a raiva pode ser um ótimo sentimento, positivo. Muito melhor que aceitar uma situação com resignação, passividade, engoli-la e deixá-la dentro de nós, guardada e transformada em mágoa e pensamentos tristes. Porém, de nada adianta sentir raiva, perder a cabeça, acabar se prejudicando até e, no final das contas, piorar a situação ou, depois de tanto estribuchar... sentar no sofá e acabar aceitando uma situação tão passivamente como quem desde o início assim o fez!Usar a raiva positivamente significa vivenciar esse sentimento e transformá-lo em força motriz de uma mudança. De pensamento, atitude, vida. Usá-la positivamente significa entender por que esse sentimento surgiu, aceitá-lo, ver se não é fruto de algum desejo ou ideia nossa que na verdade não é muito "correto", é egoísta, infantil. Caso a raiva seja motivada por imaturidade, ignorância ou egoísmo nosso, vamos trabalhar nosso interior para melhorarmos, sem nos culparmos pelo que sentimos ou pelo que somos no momento, mas procurando nos aperfeiçoar como pessoas. Caso a raiva seja por um motivo válido, por uma injustiça real ou algo parecido, é hora de, com a ajuda de nossa racionalidade e bom senso, utilizar a energia desse sentimento para promover as mudanças desejadas, encontrar soluções para eliminarmos ou minimizarmos o que nos indignou.Não é tão fácil assim, as explosões de fúria parecem nos cegar e aí agimos irracionalmente, muitas vezes. Nessas horas, melhor nos calarmos ou afastarmos, respirarmos fundo, para depois, mais calmos, podermos refletir e entender a situação e o que fazer de positivo a nosso favor. Mas, nem sempre temos a chance de darmos essa "parada", muitas vezes nem podemos. Temos de agir na hora, até em defesa própria. Aí, então, procuremos ao máximo usar de racionalidade para agir. Usar todo o movimento que acontece dentro de nós para daí obtermos a melhor orientação a seguir. Quanto mais fazemos isso, fica mais rápido e fácil agir com equilíbrio em situações de estresse e raiva. Vamos "pegando prática". Não é a melhor solução fazer do movimento interior que a raiva nos causa uma força propulsora da vingança. Trabalhar nesse sentido faz com que usemos nossa inteligência e energia em algo que não será verdadeiramente produtivo para nós, não nos fará crescer nem trará sincero bem estar. Nem é bom jogarmos essa revolta contra nós mesmos, nos punido de diferentes formas. Com isso, não mudamos nada, só nos prejudicamos e atingimos, exclusivamente. Empreguemos nosso tempo e forças numa empreitada que signifique benefícios a nós mesmos. 

Ter raiva significa que você está vivo, tem sentimentos. Conheça-os, o porque de existirem. Reflita sobre eles e sobre como seguir em frente da melhor maneira. Transforme a força da raiva em mais força positiva de vida.




Fonte: http://www.artigonal.com/
























Temas no arquivo.

Terapia não é luxo .
Por Soninha Francine
Foram duas conversas parecidas na mesma semana. A primeira, com uma moça no prédio onde moro. Sente dor nas costas há meses, em parte por estar muito acima do peso. Admitiu que come demais por ansiedade. Os médicos receitaram analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, acupuntura. E terapia. “Ah, na terapia eu não vou! Fazer o que lá?” “Cuidar de você, oras. Com dor de dente, você vai ao dentista. Com sinusite, ao otorrino. A terapia ajuda a cuidar da angústia, ansiedade, insegurança.” Ela decidiu ir à consulta.No outro dia, no gabinete, o estagiário perguntou para uma assessora: “Por que você faz terapia?” Brincando, ela respondeu: “Porque eu sou louca”. Dali a dez minutos, ele perguntou, sério: “Você é louca mesmo?” A moça riu, ele ficou confuso. Contribuí com a discussão: “Ah, eu faço terapia. Eu também sou louca”. Rimos os três.As pessoas entendem “loucura” como algo divertido. Dizem que fulano “é louco” porque é esquentado, coleciona tampas de garrafa, não perde jogo de futebol nem no dia do seu casamento ou porque é muito engraçado. E o que entendem por terapia? Um tratamento para “loucos”. Já que “loucura” pode ser algo trivial, terapia vira sinônimo de luxo ou frescura. Ou é algo que se aplica aos loucos “de verdade” – nesse caso, terapia é para os casos graves, “não para minhas tristezas e aflições”.Eu passei por vários momentos de desespero na vida, mas, só no ano passado, senti que precisava de uma mão para desatar meus nós. Fiquei abismada de ver como alguém pode revelar tanto a meu respeito a partir de informações que eu mesma forneci – isto é, coisas que, em tese, eu já sabia!Não deveria ser tão espantoso. Muita coisa a nosso respeito só nos é revelada quando vemos nossa própria imagem no espelho. E a terapia ajuda a enxergar o que era impossível descortinar sozinha: os motivos mais profundos para a irritação e a tristeza, os padrões estabelecidos, as nossas reações “viciadas”.Nunca tive problemas para falar de minhas fraquezas. Sempre achei importante, por exemplo, falar de depressão. Quando tive a primeira, saber de pessoas que tinham superado uma me ajudou muito.Mesmo assim, fiquei encabulada em assumir que estava fazendo terapia. Minha agenda é acessada por várias pessoas e não tive coragem de escrever o que faria toda quinta de manhã. Anotei apenas “consulta médica”. Que boboca...Agora perdi a vergonha. Terapia não é “luxo” nem eu sou louca “de verdade”. Tenho minhas loucuras como quase todo mundo. Mas não preciso sucumbir aos desgostos da vida mais do que eles merecem. É certo ficar triste com algumas coisas. Não é certo não ser feliz nunca. Para dor de dente, dentista. Para dor da mente, terapia.
Postado por Coluna Diversidade - Nova Gazeta

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