BARRA NO MEIO

"Loucura é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar que seja diferente!"

Terapia -Porque fazer?

Terapia -Porque fazer?

Psicoterapia: Animação mostra a relação Psicologo e Paciente

O que é viver?





  Todo mundo sabe que desculpas de amarelo é comer barro ! a gente sabe que quando a gente diz que não tem tempo  isso é desculpa esfarrapada. Por mais corrida que seja a vida de alguém, sempre se pode arranjar um tempinho para  fazer o que se gosta .

                              "Quem sabe faz a hora não espera acontecer!! "   É assim que devemos pensar e procurar  viver. Eu sei que muitas vêzes as coisas não estão como a gente gostaria que estivesse. Que problemas acontecessem e nos tiram de tempo , mas eu também sei , que muitas justificativas não passam de boicotes para não sair da mesmice que se vive. Viver bem ou como viver bem , é uma questão totalmente pessoal - alguém ama ter uma vida frenética cheia de emoções , outros amam aventuras, outros adoram viajar -vai no particular de cada um - eu por exemplo, adoooro  ficar em casa curtindo minhas leituras, meus filmes, meu ócio , minha vidinha.  O que tem que se saber é : o que te dá prazer na vida?



                              VIVA !! viva  antes que a doença aconteça .Viva antes que velhice impeça  ou que a morte chegue!!


                                                        Rejane P. Ramos





"Plantei árvores,
tive filhos, escrevi livros, tenho muitos amigos e, sobretudo, gosto de brincar.
Que mais posso desejar? Se eu pudesse viver minha vida novamente, eu a viveria
como a vivi porque estou feliz onde estou."
                                                      Rubem Alves
                              

Quando eu tiver tempo...



Por Regina Wielenska




Se eu pudesse, eu viajaria.
Quando eu me aposentar, vai ser tudo
diferente.
Eu adoro, mas não tenho tempo para fazer massagem.




Assim levamos a vida, num eterno adiamento. Não tenho certeza se a
raiz do problema está na falta de tempo, oportunidade, dinheiro: as
justificativas podem servir a diferentes funções.



Por exemplo, Mariana
relata que não tem tempo para massagem, mas se dedica ao impensável: trabalha
até demais, cuida da casa e da família (marido, dois filhos, cachorro e peixes
de aquário), leva a avó ao geriatra, é voluntária numa ONG, cursa um MBA aos
sábados. Qual a natureza do "tempo" que lhe falta para uma relaxante sessão de
massagem? Parece que dispor do seu tempo e esforços em prol de obrigações e do
preenchimento das necessidades de terceiros é louvável.



Todo mundo
sempre diz o quanto ela é ótima, amorosa, eficiente, dedicada ao mundo. Sente-se
valorizada pelo seu comportamento de sacrificar-se, e com um sorriso nos lábios.
Interessante é indagar se alguém a valorizaria por passar uma hora fazendo
shiatsu. A única justificativa louvável seria as dores na coluna. Nesse caso, a
massagem terapêutica seria uma forma de Mariana retornar mais rapidamente àquela
vida corrida. Subjacente à suposta falta de tempo, oculta-se o conflito entre
cuidar dos outros, e ser amada por isso, ou cuidar de si com o mesmo zelo e
empenho que dedica aos outros, sob risco de ser criticada pelo que deixou de
fazer.



O empresário Celso imagina todas as pescarias, viagens, trabalhos
de marcenaria que poderá fazer depois que se aposentar. Na edícula montou uma
pequena oficina, que acumula poeira enquanto seu criador não arranja tempo para
manejar serras, tornos e plainas. Enquanto a oportunidade não chega, ele passa
cinqüenta horas por semana na empresa, fica anos sem férias com duração maior do
que a emenda de um feriado (sempre agarrado ao celular corporativo), almoça em
fast food, dorme menos do que seu corpo pede, e não se entende porque aos 45
anos está hipertenso. Não tem ideia de quem são os amigos dos filhos, desconhece
os desejos da mulher, dedica-se ao papel de provedor material. Conforta-se
sonhando com a vida boa futura, mas há risco de um enfarte fulminante dar cabo
desses planos, bem antes da ansiada aposentadoria.



Transformar hoje
certos aspectos da vida exigiria reconfigurar o quadro todo, as relações
familiares, seu papel na empresa, descobrir o sabor da slow food. Não seria
agradável constatar sua menor importância para o andamento da empresa. E talvez
precisasse identificar a incomunicabilidade com sua família, a dependência
química do caçula, a alienação da esposa (que vorazmente faz compras nos
shopping centers). Sua identidade está atrelada ao papel executivo, mas este é
apenas um estágio da vida, uma circunstância qualquer. Aposentado, ele seria
ex-CEO, e o que mais? Fazer arte em madeira seria um jeito disfarçado de
afirmar, para si mesmo, que se ater obsessivamente a algo sólido (trancafiado na
oficina, junto com máquinas e toras de madeira) será o novo caminho da
felicidade. E, sem notar, vai continuar isolado da família e de si próprio (será
adepto da pescaria no Pantanal, com muita cerveja e pouco peixe) depois de
aposentado.



Seria ingênuo demais dizer que basta "querer" para que
consigamos mudar, no aqui e agora, esses padrões de comportamento rígidos e
traiçoeiros. A sociedade valoriza a abnegação, o arrojo e dedicação dos homens
que capitaneiam empresas, evitando naufrágios nas turbulentas águas do Mar do
Capital Financeiro.



Mulheres abnegadas, por sua vez, são elogiadas por
se dedicarem aos outros, e são cobradas ao excluírem alguém de seus atentos
cuidados. E assim uma mulher descobre que se passaram quatro anos desde seu
último exame de prevenção do câncer ginecológico.



Então... fazer o quê?


Seu tempo é hoje



O músico Paulinho da Viola afirmou, num
documentário, que seu tempo é hoje. Eis um instigante ponto de partida. Afinal,
o passado é história, o que ocorreu antes certamente nos influenciou de algum
jeito, mas não podemos intervir diretamente sobre o que já se foi. O futuro, por
definição, é um tempo no qual nunca estaremos. É tentador atribuir a esse porvir
a possibilidade de uma vida melhor, com significado, bem-estar, mesmo que
lidando com problemas e desafios.



Primeiro
passo
: reconhecer que só temos o presente como recurso transformador.




Segundo passo: identificar áreas de luz e sombra em nossa
existência. O que anda bem? O que foi negligenciado? Quais frutos provavelmente
vamos colher com as sementes plantadas hoje?



Talvez seja hora de
introduzir um terceiro aspecto
: quais valores básicos norteiam nosso estar
no mundo?



Áreas como relacionamento com o eu e com os outros, cuidados
com o organismo, preocupações sociais, princípios éticos, estes são alguns dos
campos sobre os quais podemos refletir pra valer. Pensar nos cansa, dá trabalho,
exige disciplina e coragem.



O quarto passo: seria comparar a
congruência entre o que fazemos e os valores que nos seriam mais caros. Acho
essencial cuidar da saúde, e por isso auxilio todo mundo, exceto a mim mesma.
Minha vida tem sido dedicada a prover financeiramente o que há de melhor para a
família. Mas quando há espaço para as defesa de valores como intimidade,
cumplicidade e reciprocidade nas relações com mulher e filhos?



Por fim,
chega a hora de redefinir as ações presentes, torná-las mais compatíveis com os
valores essenciais, propiciando a colheita de frutos sumarentos, nutritivos e
doces. Definir pequenas metas, realistas, palpáveis. Experimentar caminhos,
novas formas de ação, sem receitas prontas. Se errar, que não seja porque
irrefletidamente um homem repetiu velhos padrões, mas porque buscou novas
soluções para os velhos problemas. Fugir do escapismo, dar passos pequenos,
manter como norte o que valorizamos profundamente e com o qual estabelecemos um
compromisso, este é o começo da transformação.




 .

Temas no arquivo.

Terapia não é luxo .
Por Soninha Francine
Foram duas conversas parecidas na mesma semana. A primeira, com uma moça no prédio onde moro. Sente dor nas costas há meses, em parte por estar muito acima do peso. Admitiu que come demais por ansiedade. Os médicos receitaram analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, acupuntura. E terapia. “Ah, na terapia eu não vou! Fazer o que lá?” “Cuidar de você, oras. Com dor de dente, você vai ao dentista. Com sinusite, ao otorrino. A terapia ajuda a cuidar da angústia, ansiedade, insegurança.” Ela decidiu ir à consulta.No outro dia, no gabinete, o estagiário perguntou para uma assessora: “Por que você faz terapia?” Brincando, ela respondeu: “Porque eu sou louca”. Dali a dez minutos, ele perguntou, sério: “Você é louca mesmo?” A moça riu, ele ficou confuso. Contribuí com a discussão: “Ah, eu faço terapia. Eu também sou louca”. Rimos os três.As pessoas entendem “loucura” como algo divertido. Dizem que fulano “é louco” porque é esquentado, coleciona tampas de garrafa, não perde jogo de futebol nem no dia do seu casamento ou porque é muito engraçado. E o que entendem por terapia? Um tratamento para “loucos”. Já que “loucura” pode ser algo trivial, terapia vira sinônimo de luxo ou frescura. Ou é algo que se aplica aos loucos “de verdade” – nesse caso, terapia é para os casos graves, “não para minhas tristezas e aflições”.Eu passei por vários momentos de desespero na vida, mas, só no ano passado, senti que precisava de uma mão para desatar meus nós. Fiquei abismada de ver como alguém pode revelar tanto a meu respeito a partir de informações que eu mesma forneci – isto é, coisas que, em tese, eu já sabia!Não deveria ser tão espantoso. Muita coisa a nosso respeito só nos é revelada quando vemos nossa própria imagem no espelho. E a terapia ajuda a enxergar o que era impossível descortinar sozinha: os motivos mais profundos para a irritação e a tristeza, os padrões estabelecidos, as nossas reações “viciadas”.Nunca tive problemas para falar de minhas fraquezas. Sempre achei importante, por exemplo, falar de depressão. Quando tive a primeira, saber de pessoas que tinham superado uma me ajudou muito.Mesmo assim, fiquei encabulada em assumir que estava fazendo terapia. Minha agenda é acessada por várias pessoas e não tive coragem de escrever o que faria toda quinta de manhã. Anotei apenas “consulta médica”. Que boboca...Agora perdi a vergonha. Terapia não é “luxo” nem eu sou louca “de verdade”. Tenho minhas loucuras como quase todo mundo. Mas não preciso sucumbir aos desgostos da vida mais do que eles merecem. É certo ficar triste com algumas coisas. Não é certo não ser feliz nunca. Para dor de dente, dentista. Para dor da mente, terapia.
Postado por Coluna Diversidade - Nova Gazeta

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