BARRA NO MEIO

"Loucura é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar que seja diferente!"

Terapia -Porque fazer?

Terapia -Porque fazer?

Psicoterapia: Animação mostra a relação Psicologo e Paciente

Ansiedade e depressão males do século- Platão ou Prozac



PLATÃO OU PROZAC?





Lou Marinoff - antropologia



"Antes de confiar exclusivamente na filosofia para administrar um problema, é preciso se certificar de que ela é adequada a sua situação. Se você está chateado porque tem uma pedra em seu sapato, não precisa de aconselhamento — precisa tirar a pedra do sapato. Falar na pedra em seu sapato não fará seu pé parar de doer, por mais enfático que seja aquele que o escuta e qualquer que seja a escola de terapia a que ele ou ela pertença. Encaminho as pessoas com problemas que suspeito serem de natureza física a profissionais clínicos ou psiquiatras. Algumas pessoas talvez não obtenham ajuda de Platão, assim como outras não obtêm ajuda do Prozac. Algumas podem precisar antes de Prozac, depois de Platão, ou de Prozac e Platão juntos. Muitas pessoas que procuram o aconselhamento filosófico já se submeteram à terapia, mas a acharam insatisfatória, pelo menos em certo aspecto. Pessoas podem ser prejudicadas pelo tratamento psicológico ou psiquiátrico se a raiz de seu problema for filosófica e o terapeuta ou médico que procuraram não tiver percebido. A sensação de desespero pode ser desencadeada se a pessoa começa a sentir que ninguém será capaz para ajudá-la porque não é ouvida claramente. A terapia inadequada desperdiça tempo (na melhor das hipóteses), e pode agravar seu problema. Muitas pessoas que, em última instância, confiam no aconselhamento filosófico foram ajudadas antes pelo aconselhamento psicológico, mesmo que não o te-nham considerado suficiente. O seu passado certamente o condiciona e orienta a sua maneira habitual de ver as coisas; portanto, examiná-lo pode ajudar. A compreensão de sua própria psicologia pode ser uma preparação útil para cul-tivar a sua filosofia pessoal. Todos nós carregamos uma bagagem psicológica, mas para nos livrarmos do excesso podemos precisar de aconselhamento filosófico. A idéia é viajar com a carga mais leve possível. Conhecer a si mesmo — uma meta abordada de maneiras diferentes no aconselhamento psicológico e filosófico — não significa decorar a Enciclopédia de Você. Demorar-se em cada detalhe delicado aumenta sua bagagem em vez de aliviar a carga."



Temas no arquivo.

Terapia não é luxo .
Por Soninha Francine
Foram duas conversas parecidas na mesma semana. A primeira, com uma moça no prédio onde moro. Sente dor nas costas há meses, em parte por estar muito acima do peso. Admitiu que come demais por ansiedade. Os médicos receitaram analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, acupuntura. E terapia. “Ah, na terapia eu não vou! Fazer o que lá?” “Cuidar de você, oras. Com dor de dente, você vai ao dentista. Com sinusite, ao otorrino. A terapia ajuda a cuidar da angústia, ansiedade, insegurança.” Ela decidiu ir à consulta.No outro dia, no gabinete, o estagiário perguntou para uma assessora: “Por que você faz terapia?” Brincando, ela respondeu: “Porque eu sou louca”. Dali a dez minutos, ele perguntou, sério: “Você é louca mesmo?” A moça riu, ele ficou confuso. Contribuí com a discussão: “Ah, eu faço terapia. Eu também sou louca”. Rimos os três.As pessoas entendem “loucura” como algo divertido. Dizem que fulano “é louco” porque é esquentado, coleciona tampas de garrafa, não perde jogo de futebol nem no dia do seu casamento ou porque é muito engraçado. E o que entendem por terapia? Um tratamento para “loucos”. Já que “loucura” pode ser algo trivial, terapia vira sinônimo de luxo ou frescura. Ou é algo que se aplica aos loucos “de verdade” – nesse caso, terapia é para os casos graves, “não para minhas tristezas e aflições”.Eu passei por vários momentos de desespero na vida, mas, só no ano passado, senti que precisava de uma mão para desatar meus nós. Fiquei abismada de ver como alguém pode revelar tanto a meu respeito a partir de informações que eu mesma forneci – isto é, coisas que, em tese, eu já sabia!Não deveria ser tão espantoso. Muita coisa a nosso respeito só nos é revelada quando vemos nossa própria imagem no espelho. E a terapia ajuda a enxergar o que era impossível descortinar sozinha: os motivos mais profundos para a irritação e a tristeza, os padrões estabelecidos, as nossas reações “viciadas”.Nunca tive problemas para falar de minhas fraquezas. Sempre achei importante, por exemplo, falar de depressão. Quando tive a primeira, saber de pessoas que tinham superado uma me ajudou muito.Mesmo assim, fiquei encabulada em assumir que estava fazendo terapia. Minha agenda é acessada por várias pessoas e não tive coragem de escrever o que faria toda quinta de manhã. Anotei apenas “consulta médica”. Que boboca...Agora perdi a vergonha. Terapia não é “luxo” nem eu sou louca “de verdade”. Tenho minhas loucuras como quase todo mundo. Mas não preciso sucumbir aos desgostos da vida mais do que eles merecem. É certo ficar triste com algumas coisas. Não é certo não ser feliz nunca. Para dor de dente, dentista. Para dor da mente, terapia.
Postado por Coluna Diversidade - Nova Gazeta

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