BARRA NO MEIO

"Loucura é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar que seja diferente!"

Terapia -Porque fazer?

Terapia -Porque fazer?

Psicoterapia: Animação mostra a relação Psicologo e Paciente

Aprenda a mudar.






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José Manuel Moran


A sociedade nos padroniza, abaixa nossas expectativas, nos mediocriza, nos induz a contentar-nos com pouco, com a exterioridade, com as aparências, com a superficialidade das coisas. Na sociedade é mais importante parecer do que ser, fingir do que mostrar-se verdadeiramente.
A sociedade privilegia certos modelos de realização, de sucesso e os identifica com "glamour", poder, aparição freqüente na mídia, riqueza, status. Os modelos sociais nos mostram aspirações bem setorizadas, com objetivos bem definidos: busca da estabilidade financeira, de uma relação estável, de constituir e manter uma família, de desenvolver uma atividade econômica regular...
E não nos mostram muitas pessoas que vão além desses modelos, que acreditam em mudanças mais profundas, que expressam paz, realização e evolução constantes. Essas pessoas , não procuram aparecer, não fazem barulho nem desejam o poder.
A sociedade nos mostra a acomodação nas expectativas de realização das pessoas e isso interfere profundamente nas nossas próprias expectativas.
Por que aspirar a mais? Por que não contentar-se com a "normalidade"? - nos dizem direta e indiretamente. Faltam-nos ver, conhecer pessoas realizadas como um todo e que vivenciam mudanças na sua forma de ver, de sentir e de comunicar-se.
Mudamos pouco, porque acreditamos que não podemos ir muito além de onde chegamos até agora, porque tudo nos puxa para "a média", para a "normalidade", para a imitação dos que vivem perto de nós.
Tudo conspira contra a mudança e favorece a acomodação. Mudar mais profundamente significa ir contra a corrente, ter que justificar o por que nos esforçamos mais, por que escolhemos caminhos diferentes.
Todos temos muitas possibilidades que deixamos de lado. Acreditamos que não vale a pena ir além, que a "vida é assim mesmo", que o normal é isso, que já sabemos o suficiente para continuar agindo.
 
É importante aprender a quebrar as rotinas, os padrões, para buscar novas dimensões, desafios, percepções. É possível e vale a pena ir além de onde estamos, acreditar e estar abertos para tudo o que nos rodeia, de antenas ligadas para com tudo o que pode ajudar-nos a crescer. Sempre podemos mudar, sempre vale a pena tentá-lo. Quantos mais passos dermos na direção da mudança, novos caminhos se abrirão e isso nos recolocará sempre novas questões e desafios, nos levará a novas pessoas, atividades, atitudes.
 
Somente depois de algum tempo - às vezes anos - ao olharmos para trás conseguimos perceber o quanto mudamos, como em muitos pontos já vamos sendo diferentes e que, mesmo ainda experimentando muitas dificuldades, já não vale a pena voltar atrás, já somos diferentes para sempre.
 
A realização profunda se dá na aceitação e na mudança. Em acreditar que sempre podemos ir além de onde estamos, de que podemos progredir, encontrar nosso eixo, a paz interior; de que somos chamados a voar e não a rastejar, a ir sempre além e não a desistir de viver...

Temas no arquivo.

Terapia não é luxo .
Por Soninha Francine
Foram duas conversas parecidas na mesma semana. A primeira, com uma moça no prédio onde moro. Sente dor nas costas há meses, em parte por estar muito acima do peso. Admitiu que come demais por ansiedade. Os médicos receitaram analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, acupuntura. E terapia. “Ah, na terapia eu não vou! Fazer o que lá?” “Cuidar de você, oras. Com dor de dente, você vai ao dentista. Com sinusite, ao otorrino. A terapia ajuda a cuidar da angústia, ansiedade, insegurança.” Ela decidiu ir à consulta.No outro dia, no gabinete, o estagiário perguntou para uma assessora: “Por que você faz terapia?” Brincando, ela respondeu: “Porque eu sou louca”. Dali a dez minutos, ele perguntou, sério: “Você é louca mesmo?” A moça riu, ele ficou confuso. Contribuí com a discussão: “Ah, eu faço terapia. Eu também sou louca”. Rimos os três.As pessoas entendem “loucura” como algo divertido. Dizem que fulano “é louco” porque é esquentado, coleciona tampas de garrafa, não perde jogo de futebol nem no dia do seu casamento ou porque é muito engraçado. E o que entendem por terapia? Um tratamento para “loucos”. Já que “loucura” pode ser algo trivial, terapia vira sinônimo de luxo ou frescura. Ou é algo que se aplica aos loucos “de verdade” – nesse caso, terapia é para os casos graves, “não para minhas tristezas e aflições”.Eu passei por vários momentos de desespero na vida, mas, só no ano passado, senti que precisava de uma mão para desatar meus nós. Fiquei abismada de ver como alguém pode revelar tanto a meu respeito a partir de informações que eu mesma forneci – isto é, coisas que, em tese, eu já sabia!Não deveria ser tão espantoso. Muita coisa a nosso respeito só nos é revelada quando vemos nossa própria imagem no espelho. E a terapia ajuda a enxergar o que era impossível descortinar sozinha: os motivos mais profundos para a irritação e a tristeza, os padrões estabelecidos, as nossas reações “viciadas”.Nunca tive problemas para falar de minhas fraquezas. Sempre achei importante, por exemplo, falar de depressão. Quando tive a primeira, saber de pessoas que tinham superado uma me ajudou muito.Mesmo assim, fiquei encabulada em assumir que estava fazendo terapia. Minha agenda é acessada por várias pessoas e não tive coragem de escrever o que faria toda quinta de manhã. Anotei apenas “consulta médica”. Que boboca...Agora perdi a vergonha. Terapia não é “luxo” nem eu sou louca “de verdade”. Tenho minhas loucuras como quase todo mundo. Mas não preciso sucumbir aos desgostos da vida mais do que eles merecem. É certo ficar triste com algumas coisas. Não é certo não ser feliz nunca. Para dor de dente, dentista. Para dor da mente, terapia.
Postado por Coluna Diversidade - Nova Gazeta

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