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"Loucura é fazer as mesmas coisas todos os dias e esperar que seja diferente!"

Terapia -Porque fazer?

Terapia -Porque fazer?

Psicoterapia: Animação mostra a relação Psicologo e Paciente

Você sabe escutar as pessoas?









Você sabe escutar as pessoas?



A pergunta que faço no título deste post parece simples, e até muitos podem saber a resposta, mas tenho certeza que, se sabem, acabam não praticando como deveriam.
Para dar continuidade ao texto, preciso fazer outra pergunta: Você sabe a diferença entre ouvir e escutar? Hum… vamos lá.

Basicamente, ouvir é a função que nossos ouvidos desempenham – traduzir os estímulos sonoros que chegam neles e enviá-los ao cérebro, através de impulsos elétricos. Já escutar é um pouco (na verdade é muito) diferente: escutar é compreender o que é falado, é prestar atenção quando alguém fala (e mostrar que está prestando atenção também faz parte).

Vamos tentar exemplificar: quando alguém fala com você, mas por um acaso você está com o pensamento “longe”, olhando para o horizonte, você está apenas ouvindo – pois seus ouvidos estão captando o som, e você percebe que há algo fazendo um “barulho”. Agora, quando você realmente presta atenção na pessoa, entendendo a informação transmitida, você está escutando. Simples assim…

Outro exemplo é quando você está dentro do carro, conversando com alguém, mas com o som do carro ligado – ao conversar com a pessoa, você está escutando; agora, a música que toca no som do carro, você está apenas ouvindo. Muitos e muitos exemplos podem ser dados, mas acho que com esses dois já consegui transmitir a mensagem.

Não sei se era assim em décadas passadas, mas atualmente é muito difícil encontrar alguém que saiba escutar pessoas plenamente, isso pode ser visto em um simples bate-papo. Faça a experiência: junte-se com dois ou mais amigos, e comece a conversar sobre um assunto polêmico. Não vai demorar muito e alguém vai interromper outra pessoa.Mas, você acabou de falar que, quando alguém presta atenção em você, essa pessoa está te escutando? E agora?
Hum… deixe-me ver…

Como disse antes, a pessoa está te escutando quando está prestando atenção em você. Mas como ela pode estar prestando atenção, se na verdade ela está tentando elaborar uma resposta (está no gerúndio pois a pessoa pode não conseguir elaborar a resposta) para tal discussão? Se a pessoa está plenamente te escutando, ela vai esperar você terminar de falar para então dar a opinião dela. Ela pode até te ouvir e repetir o que você disse, mas como a opinião dela difere da sua, ela fica na verdade imaginando o que vai falar. E isso não é escutar…

Faça outro teste: em uma reunião, perceba se alguém consegue falar sem ser interrompido. Dificilmente alguém consegue começar e terminar de expor suas idéias. Realmente assim é muito difícil, pois você não consegue voltar a ter a palavra senão interromper outras pessoas (vide figura). Qual é o recurso que utilizo: faço igual ao que aprendi no primeiro grau, levanto a mão solicitando a vez para falar, e quando alguém me interrompe novamente, volto a ficar calado e levanto a mão. Acho mais correto assim do que ficar numa corrida de quem fala mais alto, ou quem tem mais razão.

Mas por que as pessoas fazem isso? A resposta eu não sei, ainda eu a estou buscando. Mas imagino que deva ser por uma parcela de ansiedade que todos temos, principalmente quando precisamos defender nosso ponto de vista.

Quer fazer um bom exercício: em uma conversa (seja em uma conversa informal, seja em uma reunião de negócios), procure prestar bastante atenção, e tente se policiar de modo a não interromper ninguém. Em um diálogo sempre todas as partes conseguem falar, por que não no momento certo?

E agora, volto a perguntar: Você sabe escutar as pessoas?
Imagino que agora saiba responder sem nenhuma dúvida.

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Copiado do blogsimplesassim.com

Temas no arquivo.

Terapia não é luxo .
Por Soninha Francine
Foram duas conversas parecidas na mesma semana. A primeira, com uma moça no prédio onde moro. Sente dor nas costas há meses, em parte por estar muito acima do peso. Admitiu que come demais por ansiedade. Os médicos receitaram analgésicos e antiinflamatórios, fisioterapia, acupuntura. E terapia. “Ah, na terapia eu não vou! Fazer o que lá?” “Cuidar de você, oras. Com dor de dente, você vai ao dentista. Com sinusite, ao otorrino. A terapia ajuda a cuidar da angústia, ansiedade, insegurança.” Ela decidiu ir à consulta.No outro dia, no gabinete, o estagiário perguntou para uma assessora: “Por que você faz terapia?” Brincando, ela respondeu: “Porque eu sou louca”. Dali a dez minutos, ele perguntou, sério: “Você é louca mesmo?” A moça riu, ele ficou confuso. Contribuí com a discussão: “Ah, eu faço terapia. Eu também sou louca”. Rimos os três.As pessoas entendem “loucura” como algo divertido. Dizem que fulano “é louco” porque é esquentado, coleciona tampas de garrafa, não perde jogo de futebol nem no dia do seu casamento ou porque é muito engraçado. E o que entendem por terapia? Um tratamento para “loucos”. Já que “loucura” pode ser algo trivial, terapia vira sinônimo de luxo ou frescura. Ou é algo que se aplica aos loucos “de verdade” – nesse caso, terapia é para os casos graves, “não para minhas tristezas e aflições”.Eu passei por vários momentos de desespero na vida, mas, só no ano passado, senti que precisava de uma mão para desatar meus nós. Fiquei abismada de ver como alguém pode revelar tanto a meu respeito a partir de informações que eu mesma forneci – isto é, coisas que, em tese, eu já sabia!Não deveria ser tão espantoso. Muita coisa a nosso respeito só nos é revelada quando vemos nossa própria imagem no espelho. E a terapia ajuda a enxergar o que era impossível descortinar sozinha: os motivos mais profundos para a irritação e a tristeza, os padrões estabelecidos, as nossas reações “viciadas”.Nunca tive problemas para falar de minhas fraquezas. Sempre achei importante, por exemplo, falar de depressão. Quando tive a primeira, saber de pessoas que tinham superado uma me ajudou muito.Mesmo assim, fiquei encabulada em assumir que estava fazendo terapia. Minha agenda é acessada por várias pessoas e não tive coragem de escrever o que faria toda quinta de manhã. Anotei apenas “consulta médica”. Que boboca...Agora perdi a vergonha. Terapia não é “luxo” nem eu sou louca “de verdade”. Tenho minhas loucuras como quase todo mundo. Mas não preciso sucumbir aos desgostos da vida mais do que eles merecem. É certo ficar triste com algumas coisas. Não é certo não ser feliz nunca. Para dor de dente, dentista. Para dor da mente, terapia.
Postado por Coluna Diversidade - Nova Gazeta

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